quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Breathe.


Ela abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes até que as imagens ganhassem algum foco.
Ela já podia enxergar nitidamente.
Respirou fundo, pode sentir novamente o ar, tão leve, encher seus pulmões, como a muito não sentia.
O peso sobre seus ombros havia sumido e ela não sentia mais correntes apertarem seu coração.
A tempestade havia passado e agora o céu cinza era apenas uma pequena recordação dela.
Ela estava livre.
Sentou-se na cama. Se sentia relaxada, como a muito não acontecia.
Das lembranças apenas uma dorzinha quase insignificante restara.
Elas não podiam machuca-la como antes, não tinham mais força sobre ela.
Não sentia medo, suas mãos não suavam frio como antes.
A ansiedade havia passado.
Ela passou a mão sobre seus cabelos escuros, encarou o horizonte e sorriu.
O pesadelo que tinha a acompanhado por tanto tempo havia acabado.
Ela já podia acordar e viver novamente.


Quando não houver esperança, quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança.
Em cada um de nós...Algo de uma criança!

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