quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Breathe.


Ela abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes até que as imagens ganhassem algum foco.
Ela já podia enxergar nitidamente.
Respirou fundo, pode sentir novamente o ar, tão leve, encher seus pulmões, como a muito não sentia.
O peso sobre seus ombros havia sumido e ela não sentia mais correntes apertarem seu coração.
A tempestade havia passado e agora o céu cinza era apenas uma pequena recordação dela.
Ela estava livre.
Sentou-se na cama. Se sentia relaxada, como a muito não acontecia.
Das lembranças apenas uma dorzinha quase insignificante restara.
Elas não podiam machuca-la como antes, não tinham mais força sobre ela.
Não sentia medo, suas mãos não suavam frio como antes.
A ansiedade havia passado.
Ela passou a mão sobre seus cabelos escuros, encarou o horizonte e sorriu.
O pesadelo que tinha a acompanhado por tanto tempo havia acabado.
Ela já podia acordar e viver novamente.


Quando não houver esperança, quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança.
Em cada um de nós...Algo de uma criança!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meninas e mulheres, coisas diferentes!


Hoje nem ia postar nada aqui, mas ai uma amiga extremamente incrível me passou um texto que ela escreveu e eu prometi que postaria aqui :]


As meninas pensam que sua felicidade depende de ter um homem a seu lado.
As mulheres sabem que sua felicidade não pode depender de uma só pessoa.

As meninas querem controlar o homem em suas vidas.
As mulheres sabem que se o homem é realmente seu, não há necessidade de controlá-lo.

As meninas pensam que um homem deve de ser muito valente.
As mulheres sabem que os homens que presumem sê-lo, resultam ser muito covardes.

As meninas roubam o homem de outras sem importar o sofrimento alheio.
As mulheres sabem que há suficientes homens livres para todas.

As meninas esperam que os homens voltem.
As mulheres não recolhem o que outras já pisaram.

As meninas pensam que os homens vão mudar.
As mulheres já se deram conta de que jamais será assim.

As meninas têm medo de ficar sozinhas.
As mulheres utilizam-no como tempo para seu crescimento pessoal.

As meninas ignoram os bons homens.
As mulheres ignoram os maus.

As meninas fazem com que ele volte para casa.
As mulheres fazem com que ele queira voltar para casa.

As meninas deixam sua agenda aberta e esperam que seu homem fale para fazer planos.
As mulheres fazem seus planos e carinhosamente notificam aos homens para que eles se integrem como melhor lhes convenha.

As meninas monopolizam o tempo de seu homem.
As mulheres dão-se conta de que um pouco de espaço, faz do tempo juntos algo mas especial.

As meninas acham que um homem que chora é débil.
As mulheres oferecem seu ombro e um lenço.

As meninas lastimadas por um homem, fazem que todos os homens paguem por isso.
As mulheres sabem que foi só um homem.

As meninas apaixonam-se e perseguem sem descanso.
As mulheres sabem que algumas vezes o que tu amas, não te amará e continuam seu caminho sem rancor.

As meninas lerão isto e farão uma careta.
As mulheres rirão em meio a sua serenidade.

Em fim, você mesma é quem sabe o que tu és… menina ou mulher.
(Naty Koga)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Real Life.

Um dia desses tive uma das sensações mais estranhas da minha vida.
Me vi sentada assistindo a uma peça de teatro da vida real.
Quatro cenas ocorriam simultaneamente, cada um dos personagens protagonizava sua própria cena e servia de platéia para as outras.
Primeira cena: Os protagonistas deixam claro, é o final. Quem assiste se acomoda com o modo em que a cena acontece. Tão simples e direta. Os protagonistas conversam sobre o porque terminou e concluem: Começou errado. Não havia o que fazer, nossa protagonista parece conformada com isso. Aliás, foi tão rápido. Mas é então que ele a encara, sorri e diz: "Eu quero começar de novo, do zero." Momento de tensão, pega de surpresa a platéia que assistia acomodada a cena. A protagonista sorri e aceita. Uma alegria inesperada envolve a cena. Não é um final. É um recomeço.

Segunda cena: Outro final declarado. Mas esse é diferente, quem assiste pode sentir que existe algo a mais. E realmente tem. Sempre que estão juntos, os protagonistas deixam uma certa tensão no ar. E fazem quem assiste torcer por eles. Eles ficam tão perto e de repente, acontece. O tão esperado beijo. A platéia comemora. Mas é então que nossos protagonistas se abraçam. Ela dorme tranquila no colo dele. Um final feliz certo? Mas o que mais me intriga como espectadora são os olhos do protagonista, eu simplesmente não conseguia me desprender deles. Enquanto ele acaricia os cabelos da sua menina, seus olhos permanecem com uma tristeza agoniante a quem assiste. Mas por que essa tristeza? Afinal, o beijo aconteceu. Seria aquilo então um beijo de despedida?

Terceira cena: Finalmente um começo feliz, o casal está definitivamente se entendendo. Eles se beijam, se abraçam e não faltam olhares de encantamento. Até que então eles conversam. E sem grandes explicações decidem, é o fim. Mas como? A família dela não aceitaria um relacionamento agora, a menina já se machucou demais. E por mais que eles se gostem, é isso apenas. Acabou.

Quarta cena: Nessa, não se sabe bem se é um começo ou um final. Os protoganistas simplesmente não se entendem. Fica claro que existe algo ali, mas o que? Sempre que os protagonistas caminham para algum final e a platéia sabe que isso vai acontecer, eles simplesmente mudam o sentido da cena inteira. Os protagonistas entram poucas vezes em sintonia, e o espectador se perde entre cenas de brigas e curtos momentos carinhosos. Chega o final, e o que acontece? Nada. Os protagonistas nos deixam ansiando por um beijo ou talvez por um termino de algo que não existe. E simplesmente não acontece nada.

Foi ai que eu pensei. E se eu colocasse esses 8 personagens sentados juntos. O que diria a eles?

Bom aos da primeira cena eu apenas dirigiria um sorriso. Vocês decidiram recomeçar. O que pode ser melhor que isso? Conseguiram contornar o final certo e nos supreender quem sabe com uma nova história. Mas atenção, é um recomeço e os erros do passado não devem ter lugar nisso.

Aos da segunda cena eu diria: Por que é que vocês dão tantas voltas se a felicidade está tão na cara? Por que vocês insistem em complicar algo tão simples e tão bonito? É como se desgastassem as coisas boas, pelo simples prazer de complicar. Eu estava sentada na platéia assistindo. Vi o olhar, e vi a intensidade do beijo. E então meu caro protagonista, por que os olhos tristes? Porque o gosto amargo de algo que te faz tão bem?

Aos da terceira cena eu diria: Não existe um bom romance sem impecilios. Me digam, será que romeu e julieta seria uma história tão bonita se eles simplismente desistissem, só pelo fato de algo não ser perfeito? Por que é que vocês insistem em complicar? Vocês dois sabem, realmente se gostam, e é só isso o importante, não é do nosso tempo aquela coisa de "eu te amo e vou sofrer de longe". Então sintam seja lá o que for isso, intensamente e dane-se as consequências.

Aos da última cena eu diria: Por que que vocês fazem isso? Será que é tão dificíl apenas chegar a um final? Qual é o prazer de dar voltas, e voltas se isso só desgasta ambos? E eu não digo para botarem um ponto final nisso. Mas apenas, por um momento, curtam isso, sem fazer as coisas parecerem uma novela mexicana dirigida por um cara bipolar. Apenas olhem um minuto e digam algo sincero um para o outro, parem com essa guerrinha de egos inutil. Porque é obvio que um dos protagonistas sairá machucado. E creio eu, que nenhum dos dois quer sair assim.

E depois de dizer tudo isso a esses 8 atores de uma peça da vida real, eu sairia e os deixaria pensando, quem sabe entre finais, recomeços e incógnitas; alguma coisa desse certo. Ai, eu apenas voltaria a ocupar meu lugar na platéia e esperaria pelo segundo ato.

Quem sabe um dia, eu ainda volte para contar o final da peça. E torço mesmo, para que esse texto chegue aos olhos de alguns desses personagens e que eles vejam quantas coisas maravilhosas estão a frente deles, e o quanto eu desejo voltar aqui e contar 8 finais felizes de quatro personagens de uma peça real. A peça da vida.