Talvez eu não queria escolher, mas também não posso voltar.
Repito a mim mesma: "Você chegou até aqui e tem que escolher."
Repito a mim mesma: "Você chegou até aqui e tem que escolher."
Mas as mãos frias que tremem e o coração acelerado entregam o medo que sinto.
Normalmente eu pegaria minha mala no chão e correria por impulso na direção que me tocasse mais forte, não importando o depois.
Só que não existe mais força para se lutar, e o medo de errar é maior do que a coragem.
Talvez isso pareça um tanto depressivo, mas pensando bem, não é tão difícil de se compreender.
Milhões de caminhos. Você vai se machucar. Tudo que se deseja é que não doa.
Quer saber? Talvez ainda não seja hora de decidir, mas eu não ligo, por mais que a angustia queira ser minha companhia, quando eu decidir qual caminho vai ser seguido, vai ser de verdade e vai chegar em um ponto final, não sei se feliz ou triste, talvez até uma vírgula que de início a outra história.
Deixo minha mala no chão, e espero que me venha o primeiro impulso, do primeiro caminho a se seguir.